Tua imagem se confunde com frases desconexas em sueco. Em sueco tu sussuras grosserias em meu ouvido. Cada toque teu é um movimento de xadrez, tu antevendo cada jogada de meu corpo reativo. Mero fantoche, caio em teu plano, indefeso. Fantoche da tua Vontade e do teu Desejo.
Em sueco me ordenas coisas desconexas. Não entendo teu idioma, leio teu corpo. Teu corpo é o tabuleiro, ansiando minha próxima jogada. As peças somos todos os nós, nos movendo em suja sincronia.
Tua boca se cala, o sueco se perde na trilha sonora e nos créditos. Cessa ante nosso resfolego, cessa ante nossa pulsação. E perdidos que estamos, fantoches de nossas urgências, enfim te compreendo pela única língua comum, a tua. E real enquanto onírico, a trilha cessa, deixando apenas o fundo negro.
é garoto, tu manja da coisa.
deixando apenas o fundo negro…
Fantoche da tua Vontade e do teu Desejo.
que bonito. intenso né não?
um beijo.